quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Monstro por Engano

Imagens/vídeos:







Informação: Um desenho animado feito com uma ainda-a-desenvolver-se tecnologia de 3D. As imagens não eram as melhores, mas a história compensava. Esta é a história de Valter, um rapaz que é atingido por uma magia que o faz transformar-se num monstro gordo e azul de cada vez que espirra. Acontece que o Valter tem alergias, e espirra por coisa pouca! Por isso, tem de estar sempre a esconder-se. Pelo menos, se volta a espirrar, volta a ser um humano...mas nem sempre consegue espirrar quando quer. A sua irmã Tânia tenta usar magia para resolver o problema dele, mas não consegue. Mesmo assim, os feitiços dela são muito úteis para resolver problemas. Cada feitiço começa com algo como: “Ix Tem Nimoy”. Outra presença constante nos episódios é o João Bem Morto, um fantasma que vive, creio, no sótão da casa da Tânia e do Valter. Claro que os pais deles não sabem, caía o carmo e a trindade se soubessem! E também não sabem que o filho se transforma em monstro. Que pais desatentos, hehe...o estereótipo televisivo dos pais que não sabem que os filhos têm um grande segredo (embora muitas vezes eles dêem muito nas vistas!). Depois, há os vilões. O principal é o Gorgol, dono de uma jóia mágica que acaba por perder. O Gorgol é mesquinho e perigoso, mas tem o azar de estar fechado numa bola de plástico e do tamanho de um rato. Por isso, episódio após episódio, quer sair de dentro da bola. Mas para o ajudar só tem um ajudante que é grande, mas não é grande coisa. O seu ajudante lê mal e é facilmente enganado. Azar!

Alguns episódios
- O Valter e a Tânia vão numa viagem de campismo com os pais. O Valter receia espirrar no meio do campo, visto que há tanto pó e polén, e transformar-se num monstro à frente dos pais. A Tânia ensina-lhe uma espécie de técnica para evitar o espirro: "Conta até 7 e aperta o joelho!". Por momentos, a tal técnica funciona, mas quando o Valter está algures entre as árvores, não consegue contar até 7 e espirra. Mas acaba por se safar.

- O Valter está a jogar à bola com o seu conterrâneo Guilherme. A certa altura, mandam a bola para trás de umas árvores e o Valter vai buscá-la. Inesperadamente, um insecto voa ao pé do nariz do Valter e ele espirra. O Valter fica aliviado por o Guilherme não o ver, mas quando o Guilherme pergunta pela bola, o Valter chuta-a na direcção do Guilherme. O problema é que chuta a bola com a força de um monstro! Resultado: a bola voa bem alto e vai cair num sítio onde se fura. E o Guilherme fica chateado e vai pedir satisfações ao Valter. Que, entretanto, prepara um espirro para poder voltar ao normal.

- Tive a sorte de poder ver o clássico episódio final deste desenho animado. A ver se consigo resumir uma coisa tão intensa...basicamente, o Gorgol e o seu ajudante tolo levam  a jóia do Gorgol e o livro de feitiços da Tânia para o seu "covil". Quando o Valter, a Tânia e o João Bem Morto vão atrás deles, não conseguem subir a rampa que dá para o covil dos vilões porque eles aumentam o peso deles...ou a gravidade no local, não sei. Enquanto os heróis lutam para chegar ao covil, o ajudante tolo tenta montes de vezes tirar o Gorgol da sua bola. Após muitas tentativas - lembrem-se: ele lê mal - finalmente consegue. O Gorgol, agora no seu tamanho normal e livre, transforma os seus arqui-inimigos em estátuas, mas o ajudante dele tem pena de ver o Valter, a Tânia e o João Bem Morto com aquelas caras de susto. O Gorgol decide então trazê-los de volta à vida, mas prendendo-os numa bola de plástico! Haja ironia! De qualquer maneira, os nabos esquecem-se de um pormenor evidente: o João Bem Morto é um fantasma! Ele sai da bola na maior e numa questão de minutos tudo se resolve. Mais uma vez sem a jóia e o livro de feitiços, o Gorgol pede que não lhe façam mal e que o levem de volta para a sua terra, que é tudo o que ele quer. Eles enviam-no para a sua terra, sim...mas dentro de uma bola de plástico! Olha, quem diria! Nunca me teria lembrado disso...B-)

Uma(s) voz(es): Helena Montez; Paula Fonseca

Uma(s) personagem(ns): Gorgol; Guilherme; João Bem Morto; Tânia; Valter

Genérico:
O meu nome é Valter
Era um miúdo normal
Foi um dia que encontrei
A jóia mágica do Gorgol

O seu plano era enganar-me
Para sempre que espirro ser
Um monstro por engano

A Tânia faz feitiços
Mas só sabe dar-me enguiços
Ela não vai desistir
Pode um dia conseguir

Encontrar a senha certa
Para ajudar o seu mano
Um monstro por engano…ano!*

João Bem Morto
É um amigo dos bons
Do trompete tira
O melhor dos sons

(qualquer coisa, qualquer coisa)
(qualquer coisa) o pai e a mãe
O João está sempre pronto a ajudar

Esta secreta vida minha
Faz-me andar sempre a correr
E isto ainda é o começo
Está-me cá a parecer

Pensam que estou bem
E que isto não é um dano
Ser monstro por engano
Ser um monstro por engano
Ser um monstro por engano

*este “ano” era cantado como se o Valter estivesse quase a espirrar e fosse aliviado no último segundo


Interpretado por: Helena Montez

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Bendito regresso - Princesa Sheherazade

Em abono da verdade, já reparei nisto há uns tempos. Porém, só recentemente pensei que faz todo o sentido falar deste assunto neste blog. Então, vamos a isso.

Aqui há tempos, um canal de televisão resolveu repor o desenho animado Princesa Sheherazade na sua programação. Fiquei um tempo sem reparar nisto. Quando finalmente reparei, fiquei contente...e com receio! É que, como muitos de nós devem saber, não é a primeira vez que um canal de televisão repõe um desenho animado que outro canal transmitia anteriormente. A questão é que, nalguns casos, o canal que repõe o desenho animado mantém a dobragem anterior. Noutros...bem, noutros casos, faz-se uma dobragem completamente diferente. Muda-se as vozes, muda-se o nome das personagens...por vezes até se muda o genérico. Genérico - a palavra-chave deste post! É que, para quem sabe, o genérico português de Princesa Sheherazade é...como dizer...lindo! Simplesmente lindo! Tem uma canção com um ritmo espectacular, acompanhada de uma pequena "coreografia" de Sheherazade e o génio. A canção é muito bonita e a voz que a canta também! Ora, o meu receio...era que fizessem outro genérico para a Princesa Sheherazade! É que perder um genérico daqueles seria uma pena.


Imagem de Princesa Sheherazade


Mas, felizmente, mantiveram o genérico! E agora, para minha alegria, muitas crianças portuguesas mais novas - entre os quais os meus primos pequeninos - puderam ouvi-lo!


Que genérico...mas que genérico! Parabéns à cantora!


Digo com toda a sinceridade que me alegra saber que, daqui a uns 15 anos, as crianças de agora se vão poder lembrar deste genérico como um dos melhores da sua infância. É que é assim que eu o lembro. E acho muito bem elas poderem ver alguns bons desenhos animados que eu vi. Enfim...a quem quiser, resta apreciar esta pérola dos genéricos portugueses, uma canção especial cantada por uma boa voz (será a dulcíssima voz de Paula Seabra? Às vezes, quando o ouvia, era capaz de jurar que sim...embora não tenha a certeza.). Este desenho animado junta-se à lista dos desenhos animados cujos genéricos eram tão bons que há quem considere o genérico tão bom ou melhor que o desenho animado em si. Uma lista que já inclui desenhos animados como O Cavalo de Prata, O Pequeno Drácula e Roger a Jacto.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Kobby e os Oakey Dokeys

Imagens/vídeos:






Informação: Um desenho animado muito interessante e original com um genérico bem ritmado. Os Oakey Dokeys são criaturas estranhas de diferentes formas que vivem lá para uma árvore fora da cidade. Quando dormem, transformam-se em objectos como pentes, taças e anéis. Quando choram, começa a chover! No meio de tudo isto, há um rapaz normal, o Bobby. Ele é o melhor amigo de Kody, um dos Oakey Dokeys mais activos. O Kody e o Bobby têm o poder de se fundir e criar uma espécie de herói que pode voar: o Kobby. E costuma ser o Kobby que salva o dia. Ele tem vários poderes, entre os quais a capacidade de se transformar numa espécie de pequeno meteoro e voar pelos céus (embora os outros Oakey Dokeys também consigam fazer isso). Outro Oakey Dokey que se destaca é a Trinket. Ela é bonita e tem instino maternal, mas sofre por um amor que não lhe é correspondido (ela ama o Kody). No fim de contas, não sei se pense bem ou mal da Trinket, porque ela sempre se portou bem, mas há um episódio em que perde a cabeça e rapta a sua rival – Flower, de quem o Kody parece gostar. Há ainda uma personagem que nem aparece muito, mas é o principal vilão deste programa: o Sluga. Ele é uma espécie de morcego que tem não sei bem o quê contra os Oakey Dokeys. Também é um pouco trouxa, mas isso não faz dele menos vilão.  

Alguns episódios
- Para impedir que um empresário mau que trabalha com químicos – chamemos ao tal empresário “X”, já que eu não me lembro do nome dele - derrube a árvore onde vivem os Oakey Dokeys, o Kobby vem salvar o dia outra vez transformando-se num clone do X. Assim, ordena ao homem da demolição que pare. As suas palavras são “Tocas num ramo e estás despedido!”. O homem da demolição não percebe porque é que X mudou de ideias e pergunta-se “Será que o chefe andou a beber químicos?!”. Depois desta risota, o X e o Kobby encontram-se e discutem sobre qual deles é o verdadeiro X. Acabam por ir a tribunal…só que o Kobby tinha estudado bem a família do X e o tribunal diz que o Kobby é o verdadeiro X! O X é então expulso de casa e o Kobby fica a viver na casa dele! Finalmente, quando Kobby acha que o X já aprendeu a lição, devolve-lhe a sua vida, claro!

- O amigo gordinho do Bobby (que tinha a voz de Carlos Macedo) encontra uma flauta mágica que põe qualquer ser vivo a dançar sem parar. Decide usá-la para fazer o bem. Tanto que, quando o Sluga o vem chatear, o “gordinho” fá-lo dançar e dar umas cabeçadas num poste para aprender a não se meter com os bons! Zangado, o Sluga resolve trocar a flauta por uma parecida quando o gordinho não está a ver. Resultado: o gordinho vê dois buldogues a meterem-se com um pobre cão mais pequeno que eles, tenta ajudar o cão com a flauta…e não consegue! E tem de fugir dos buldogues! Mas tudo acaba bem no final.

- Há ainda o tal episódio de vos falei. Aquele em que a Trinket se passa e rapta a Flower. A pobre Flower não percebe a agressividade de Trinket, mas ela explica-lhe que é tudo por causa do Kody. Acontece que um pequeno Oakey Dokey testemunha o rapto. Mas a Trinket, ainda na sua loucura, apanha-o e prende-o dentro de uma garrafa de vidro que atira para uma árvore. E a garrafa fica presa nos ramos. O pequeno Oakey Dokey não sabe o que fazer, mas tem uma ideia: vai tentar fazer chover para o vento atirar a garrafa ao chão! Então, belisca-se e magoa-se para conseguir chorar. Quando chora, começa a chover e o seu plano dá resultado. No final de tudo, em vez de expulsar a Trinket, o Kobby prefere dar-lhe outro castigo: colar o anel (que é a Trinket quando está a dormir) à taça (que é o Baby quando dorme). Assim, quando a Trinket acordar, vai ficar colada a Baby, que tem uma paixão platónica por ela. E a Trinket não gostava que o Baby andasse sempre atrás dela.

Uma(s) voz(es): Adriano Luz; Carlos Macedo; Joel Constantino; Manuela Couto; Natália Luiza(?)

Uma(s) personagem(ns): Baby; Bobby; Flower; Kody; Sluga; Trinket

Genérico:
É pequeno, mas forte
Ele comanda a sorte
Vais gostar do Kobby
Do Kobby e dos Oakey Dokeys

Que miúdo, que histórias
Aventuras e glórias
Há magia no Kobby
No Kobby e nos Oakey Dokeys

Personagens de sonho e pesadelo
O Sluga é de meter medo
O (qualquer coisa) é belo

E em qualquer lugar
Vais olhar, parar
E seguir o Kobby
O Kobby e os Oakey Dokeys


Interpretado por: Joel Constantino