sábado, 17 de dezembro de 2022

Nome Desconhecido (Hospital de Brinquedos?)

Imagens/vídeos:





Informação: Um programa com uma ideia-base de que eu gostei muito e que, na altura, talvez até fosse um pouco inédita: a de um hospital onde os brinquedos danificados eram arranjados como se de pacientes com doenças se tratassem! Em retrospetiva, essa ideia pode não ser tão única como já foi, até porque muitos se lembrarão daquela cena do Toy Story 3 em que o urso Lotso mostra aos novatos a secção do infantário onde os brinquedos com problemas são "reparados", por assim dizer. Mas pronto, este programa cujo nome original parece ser "St. Bear's Dolls Hospital" divertia-se um pouco com essa ideia. No tal hospital de brinquedos, havia uma espécie de enfermeira-chefe que lembrava um pouco a enfermeira Joy (e tinha a voz de Helena Montez, também!) e que era uma das personagens mais ativas...também porque era uma das que mais cuidava dos brinquedos com problemas. Havia também uma senhora(??) com cara de vaca que parecia também ter um cargo importante lá no hospital...embora eu só a visse a dar opiniões e não tanto a trabalhar! Havia outra personagem com um cargo importante a que todos chamavam "Professor"...talvez ele fosse o diretor do hospital. Havia uma personagem estranha com um nariz verde...e finalmente havia o Alfinetes e o Agulhas! Desses, sim, é que eu gostava mesmo. O Alfinetes e o Agulhas eram dois funcionários do hospital que pareciam ter vários trabalhos; quem sabe se não seriam os faz-tudo's lá da instituição. Mas eles eram provavelmente as personagens mais memoráveis deste programa, porque eram os mais tolinhos. Também tinham sotaques que lembravam um francês a tentar falar português. Mais ainda: tinham uma espécie de cântico que cantarolavam de cada vez que traziam um novo paciente para o hospital em cima da maca. A cantoria era qualquer coisa como "Yatatai-yatatai, yatatai-yatatai!". Aliás, essa cantoria é das coisas que eu mais me lembro deste programa. Compreensivelmente, não é? Se eles cantarolavam isso sempre que traziam um paciente novo, seria de esperar que o yatatai-yatatai ficasse no ouvido...


Alguns episódios

- Quando o Alfinetes e o Agulhas traziam um espantalho para o hospital, a senhora-vaca ficava chocada com o estado do espantalho. Pouco depois chegava a enfermeira e também achava que o estado dele era grave e pedia logo ajuda...se bem me lembro, o problema é que ela achava que o paciente estava a perder o enchimento que tinha na cabeça e isso punha-o em grande perigo. Mas acho que o espantalho lhes explicou logo que, como era um espantalho, era normal que lhe caíssem bocadinhos de palha, de enchimento ou lá o que era...

- Num episódio em que uma personagem fazia anos (acho que era o Professor), o Alfinetes e o Agulhas ficaram com uma espécie de tarefa que era decidir sobre o bolo que iam arranjar para o aniversariante. As duas personagens resolveram pedir ajuda ao computador que tinham lá no seu cantinho, que costumava dar bons palpites. O computador mostrou-lhes uma mão com uma laranja e uma com uma tablete de chocolate. Eles perceberam a ideia e, desde logo, ficou decidido: iam fazer um bolo de laranja e chocolate para o Professor. Eis que chegou a minha parte favorita do episódio! O Agulhas pedia ao computador que lhes desse uma receita do tal "bolo de chocolate e laranja". O Alfinetes pareceu ficar alerta e chamou a atenção do colega, que respondeu "Sim, Alfinetes?". O Alfinetes saía-se então com esta: "Nós precisamos da receita de um delicioso bolo de laranja e chocolate...e não de chocolate e laranja!". Enquanto eu me ria por o Alfinetes não perceber que a ordem dos fatores não altera o produto (pelo menos na matemática), o tolinho do Agulhas concordou com o Alfinetes e preparou-se para modificar o seu pedido ao computador. Eram estes momentos de humor ou animação que me faziam gostar mais do Alfinetes e do Agulhas do que quaisquer outras personagens!

- Enquanto o hospital contemplava uma tempestade um pouco feia que atormentava o exterior, algumas personagens do programa falavam sobre espiões e coisas assim e, a dada altura, metiam na cabeça que um visitante do hospital podia ser um espião. Esse misterioso visitante, na verdade, era apenas o Professor que tinha estado na rua durante a tempestade e tinha um grande casaco amarelo com um capuz que lhe cobria a cara. Mas como o Professor, por alguma razão, não tirava o capuz - acho que o casaco estava com um problema qualquer que não deixava que o Professor o tirasse, mesmo... - quase todos no hospital não o reconheciam. Chegou a tal ponto que a enfermeira foi examinar o Professor, pensando que ele era um paciente "comum", por assim dizer. O Professor, inicialmente confuso, tentou explicar que a enfermeira estava enganada e que ele era o Professor. O problema é que justamente quando ele dizia que era o Professor, a enfermeira punha-lhe um termómetro na boca para medir a febre. Resultado: quando ele dizia "sou o Professor", a coisa soava a "sou o Fufôfâ!". A enfermeira, toda divertida, dizia que ah e tal, você tem um nome muito giro, senhor Fufôfâ! E a enfermeira ria-se como se riam os infantes que viam no ecrã aquela trapalhada toda.


Uma(s) voz(es): Helena Montez; José Jorge Duarte


Uma(s) personagem(ns): Agulhas; Alfinetes; Professor


Genérico: ?